SILOS CORPORATIVOS

Partindo de uma marca claramente posicionada e com diferenciais bem nítidos e substanciais, temos um público interno a ser “catequizado” em torno dos seus propósitos, bem como um conjunto de produtos e serviços monetizados e coerentes com os seus intuitos originais, passando por torna-la pública por meio de técnicas de publicidade 360º e pela atração de potenciais consumidores – através do oferecimento de conteúdos relevantes, caso pertinente – uma política de relacionamento com canais de vendas, zelo com a convivência sadia e produtiva junto às comunidades nas quais a marca está inserida e, permeando tudo isso, diretrizes bem estruturadas no sentido de refrescar as ofertas da marca e de monitorar e alertar sobre o seu ambiente competitivo. Ora, trocando em miúdos, não estamos falando, em última instância, de branding, endomarketing, gestão de produtos, comunicação tradicional de marca, inbound marketing, trade marketing, relações públicas, inovação mercadológica e inteligência de mercado? Ademais, se considerarmos a essência de uma marca como uma espécie de engrenagem contínua e retroalimentar, qual seria o motivo, então, de guardar tais competências em, digamos, silos corporativos exageradamente fechados, independentes? Como se fossem um fim em si mesmas? Nenhum, obviamente. Mas acontece muito. Em tempos de profusão de modismos, o esforço para obter uma visão holística tem a vantagem de não cair na armadilha de se tornar um burocrata funcional dentro de uma caixinha, em desarmonia com os objetivos estratégicos maiores da organização. Em outras palavras, o desafio é: possuir as principais competências da sua área de atuação e, ao mesmo tempo, compreendê-la no âmbito da roda de funcionamento da empresa, adequado as suas dosagens de contribuições e de recebimentos para que, no final, as promessas feitas pela marca sejam plenamente cumpridas e a organização mantenha uma posição competitiva saudável. O todo, bem sincronizado, assim, vale muito mais do que as suas partes isoladas. Mas isto está óbvio e perceptivo o suficiente? E quem disse que seria fácil?

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