O jogo adequado das palavras, termos e frases parece pouco valorizado no atual cenário brasileiro.

Interpretação de texto tampouco.

Não por acaso, bibliografias, cursos e artigos autointitulados “Branding: Gestão de Marcas”, por exemplo, mostram um equívoco epistemológico na raiz.

Branding se encarrega da concepção de uma marca, ou seja, do seu projeto de posicionamento, diferenciais estratégicos, personalidade, essência (missão, visão e princípios) e naming (basicamente, nome, slogan, logotipo e símbolo). E zela por sua cria. O horizonte aqui é de longo prazo.

Marketing, por sua vez, cuida da materialização do projeto de branding, em outras palavras é, resumidamente, a gestão apropriada dos famosos (e ainda super pertinentes) 4Ps de McCarthy. Logo, este se submete àquele.  O âmbito de revisão recomendado aqui é anual, em face da crescente dinâmica de inovação deste campo – mas sempre tendo o projeto de Branding como base.

Concepção, portanto, deve ficar com o Branding.

E gestão com o Marketing.

Ainda estou no aguardo de um livro de Branding com este título: “Branding: Concepção de Marcas”