Branding, o arquiteto. Marketing, o engenheiro.

Analogia é uma poderosa ferramenta de expressão e uma facilitadora para o correto entendimento de uma mensagem.

Ao comparar os conceitos e os atributos do Branding e do Marketing, podemos recorrer a ela.

Questões como posicionamento, atributos, personalidade, missão, visão, princípios e naming, remetem ao projeto de uma marca ou, em outras palavras, à idealização do seu propósito, da sua essência, do seu jeito de ser, em suma, da sua singularidade.

Branding, assim, é, ao mesmo tempo, o início da jornada e o porto seguro de uma marca. Dele deriva o restante. É, portanto, o soberano.

Tópicos como endomarketing, gestão de produtos e serviços, política comercial, publicidade, marketing de conteúdo, customer experience, trade marketing, patrocínios, RP, ações de cidadania, dentre outros – devidamente selecionados, dosados e conduzidos –, apontam para a materialização do projeto de uma marca.

Marketing, assim, é o agente da transformação coerente de uma ideia em realidade. Submete-se, portanto, ao Branding.

Embora tenhamos aqui claramente uma hierarquia, a relação entre ambos é simbiótica. Um isolamento entre este e aquele danifica os seus respectivos pressupostos e potenciais.

Não se constrói um edifício sem os recursos da arquitetura e da engenharia.

De forma transversal – e igualmente tendo o Branding como o Norte – temos as esferas da Inteligência de Mercado e da Inovação.

O monitoramento constante dos pilares de clientes, do mercado e da concorrência (e de si mesma), contribui para manter a marca sempre atenta na escolha dos melhores caminhos em um cenário cada vez mais ágil, complexo, turbulento e congestionado.

No seu sentido mais mercadológico, a inovação tem como missão ventilar as ofertas de uma marca, mantendo-a relevante e atraente, mas sem prejudicar a sua essência. Os produtos e os serviços são meios para expressar a sua natureza.

Seguindo este raciocínio, temos então um contraponto ao que costumamos ler e ouvir no mercado e na literatura:

Branding não é gestão de marcas, é concepção de marcas. Gestão de marcas, desta forma, fica à cargo do Marketing.

Evidentemente, tanto a elaboração, quanto a condução satisfatória e a harmonização apropriada entre o Branding e o Marketing é algo difícil e complexo, pois envolve perspicácia, análise, criatividade, eficácia, eficiência, visão holística, doses adequadas de pensamentos e atitudes de curto, médio e longo prazos, assim como foco, paciência, resiliência e muita disposição e sabedoria para catequisar algo muitas vezes visto como abstrato e fora do radar cotidiano.

Mas, quem disse que seria fácil?

As mais admiradas e valiosas marcas nos lembram sempre da magnitude do desafio. E nos inspiram também.

As marcas são os ativos mais importantes de uma organização e, logo, o Branding – tanto quanto o Marketing – deve merecer a atenção e os esforços compatíveis com a sua relevância.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *